Você já teve aquele dia em que o cansaço parece maior que tudo? Quando, no fim da noite, você se joga na cama sentindo que correu uma maratona… mas que, de alguma forma, continua no mesmo lugar?
Ou talvez tenha se olhado no espelho e pensado:
“Será que estou fazendo certo?”
“Será que sou um bom pai/mãe?”
“Será que meu filho vai crescer bem mesmo com todos os meus erros?”
Se essas perguntas já passaram pela sua cabeça, eu quero te contar uma coisa importante: você não está sozinho(a).
Sabe aquela sensação de que todo mundo ao seu redor parece dar conta de tudo, menos você? De que as outras mães e pais parecem saber o que estão fazendo, enquanto você está tentando sobreviver a mais um dia de birras, choros, desobediência e noites mal dormidas?
A verdade é que ninguém nasce sabendo como ser pai ou mãe. Ninguém recebe um manual. Mas existe um jeito de tornar tudo isso mais leve – e é sobre isso que vamos falar hoje.
Porque criar um filho não precisa ser uma luta diária.
Educar não precisa ser um jogo de resistência, onde você vence se conseguir chegar ao final do dia sem chorar escondido no banheiro.
Existe um caminho diferente. E ele começa com pequenas mudanças que podem transformar sua rotina e sua relação com seu filho.
Se você sente que está perdido(a), cansado(a) ou culpado(a), respire fundo. Você não precisa saber tudo agora. Você só precisa dar um primeiro passo. E eu estou aqui para te ajudar nisso.
O Cansaço Que Não Vai Embora: Por Que Criar Filhos Pode Ser Tão Exaustivo?
Ser pai ou mãe é como participar de um reality show de sobrevivência: você dorme pouco, corre para todos os lados, tem que resolver desafios inesperados o tempo todo e, quando acha que finalmente pode descansar… lá vem mais um chamado do seu filho.
E sabe o que é pior? Parece que ninguém te avisou que seria tão cansativo. Você já esperava algumas noites mal dormidas, sabia que haveria birras e desafios… mas essa exaustão constante? Esse sentimento de que você nunca dá conta de tudo?
A verdade é que o que esgota não é só a rotina puxada.
O que esgota de verdade é não ter um plano.
Imagine que você precisa montar um móvel gigante, cheio de peças pequenas e parafusos… mas sem manual de instruções. Você tenta encaixar as peças, desmonta e monta de novo, fica horas ali e, no final, parece que nada faz sentido.
Agora, imagine que alguém chega com um passo a passo claro, mostrando o que fazer primeiro, onde encaixar cada peça e como evitar erros. De repente, o que parecia impossível se torna mais simples.
Criar filhos é mais ou menos assim.
Quando você tem estratégia, tudo fica mais leve. Não significa que vai ser sempre fácil, mas significa que você para de remar contra a maré e começa a ter mais controle sobre a rotina.
Aqui estão três pequenas mudanças que podem fazer uma diferença gigante no seu dia a dia:
1. Criar horários fixos para as crianças
Crianças precisam de previsibilidade. Quando elas sabem o que esperar – a hora de comer, dormir, brincar – o dia flui melhor. Isso reduz birras e te ajuda a sentir que está no comando, não apenas reagindo ao caos.
2. Envolver as crianças nas tarefas
Se você tenta dar conta de tudo sozinho(a), claro que vai se sentir sobrecarregado(a). Mas sabia que as crianças podem – e devem – ajudar? Desde pequenas, elas podem guardar brinquedos, colocar pratos na pia, arrumar a cama. Isso não só te alivia, mas também ensina responsabilidade.
3. Não tentar ser super-herói(na) – pedir ajuda é uma ferramenta, não um fracasso
Seja do seu parceiro(a), da família ou até delegando algumas tarefas, pedir ajuda não significa que você falhou. Pelo contrário: significa que você entende seus limites e se permite cuidar de si também.
No final, o que faz a maior diferença não é trabalhar mais, e sim trabalhar de forma mais inteligente. Pequenas mudanças na forma como você organiza sua rotina podem te dar mais tempo, mais energia e mais momentos de qualidade com seu filho.
Você não precisa mais sobreviver à maternidade/paternidade.
Você pode começar a viver e aproveitar cada fase.
E o primeiro passo? Escolha uma dessas três mudanças e aplique hoje. Só uma. Pequeno, mas poderoso.
Depois, me conta: como foi? ❤️
“Por Que Nada Que Eu Faço Funciona?” – O Sentimento de Incapacidade
Poucas coisas são tão frustrantes quanto sentir que você fala, repete, ensina… e nada muda.
Parece que seu filho te desafia de propósito. Você pede com calma, depois pede de novo, depois perde a paciência e grita. E mesmo assim, no dia seguinte, a cena se repete.
E aí vem aquele pensamento incômodo:
“Será que estou errando?”
“Por que parece que nada que eu faço funciona?”
Se você já se sentiu assim, eu preciso te contar uma coisa: o problema não é você.
Talvez você só esteja tentando abrir a porta errada com a chave errada.
Imagine que você está tentando destrancar uma fechadura. Você gira a chave para um lado, força para o outro, tenta de novo e nada acontece. O problema não é a porta – é a chave que não encaixa.
Com crianças, é a mesma coisa.
Quando elas fazem algo que parece “desafiar” você, muitas vezes elas não estão contra você, elas estão tentando te dizer algo – mas não sabem como.
Uma criança que grita pode estar dizendo: “Eu não sei lidar com essa frustração!”
Uma criança que não obedece pode estar pensando: “Eu quero que você me enxergue!”
Uma criança que bate pode estar sentindo: “Eu preciso de ajuda para expressar minha raiva de outro jeito.”
E se, ao invés de ver o comportamento como um problema, você começasse a enxergá-lo como uma mensagem?
Aqui estão três pequenas mudanças que podem transformar esses momentos de caos em oportunidades de aprendizado:
1. Troque “Para de gritar!” por “Eu sei que você está bravo. O que está acontecendo?”
Quando uma criança está agitada, gritar para que ela pare é como jogar gasolina no fogo. Em vez disso, mostre que você está ali para ajudá-la a se acalmar. Isso ensina que os sentimentos dela importam, mas que existem formas melhores de expressá-los.
2. Em vez de castigos, ensine responsabilidade
Se a criança derrubou um copo no chão, o castigo ensina que ela fez algo errado. Mas ensinar responsabilidade mostra como consertar o erro.
Em vez de “Olha o que você fez! Agora vai ficar de castigo!”, tente: “Ops! O copo caiu. Vamos pegar um pano e limpar juntos?”
3. Respire antes de reagir – crianças aprendem pelo exemplo
Se você quer que seu filho aprenda autocontrole, ele precisa ver isso em você. Na próxima vez que sentir que está prestes a explodir, pare por três segundos e respire antes de responder.
Sei que não é fácil. Mas a forma como você reage hoje ensina seu filho a reagir no futuro.
No final das contas, seu filho não precisa de um pai/mãe perfeito. Ele precisa de um adulto disposto a ensinar e aprender junto.
O Peso da Culpa: Quando Ser Pai/Mãe Nunca Parece o Suficiente
Você já terminou um dia difícil, deitou na cama e, de repente, veio aquele pensamento:
“Fui muito duro(a) hoje…”
“Será que estou estragando meu filho?”
“E se ele crescer com traumas por minha causa?”
A culpa parental é como um monstro invisível. Ele sussurra no seu ouvido, faz você duvidar de si mesmo(a) e te convence de que tudo depende de você. Ele te faz acreditar que você nunca está fazendo o suficiente. Que poderia ter sido mais paciente. Que deveria ter feito diferente.
E esse peso vai acumulando. Você tenta ser a melhor versão de si, mas a rotina, o cansaço, os desafios… tudo parece te puxar para trás.
Agora, pare por um momento e pense comigo:
Se você estivesse dentro de um avião e, de repente, as máscaras de oxigênio caíssem, em quem você colocaria primeiro?
Em você.
Porque só respirando, só estando bem, você consegue ajudar quem precisa.
Com os filhos, é a mesma coisa.
Se você se desgasta tentando ser perfeito(a), se se culpa por cada erro, se carrega tudo sozinho(a), chega um momento em que você não tem mais forças. E um pai/mãe exausto não consegue dar o melhor para seus filhos.
A boa notícia? Você não precisa ser perfeito(a). Precisa apenas ser humano(a).
Aqui estão três verdades simples que podem aliviar esse peso da culpa:
1. Errar faz parte – o que importa é como você repara
Se você perdeu a paciência e gritou, se reagiu de um jeito que depois se arrependeu, não significa que estragou seu filho para sempre. Significa que você teve um momento difícil – e pode consertar isso.
2. Explique quando errar – isso ensina mais do que qualquer discurso
Sabe o que ensina mais para uma criança do que ouvir “desculpe”? Ver um adulto assumindo seu erro e mostrando como fazer diferente.
Na próxima vez que sentir que exagerou, tente algo assim:
“Filho(a), eu estava cansado(a) e falei de um jeito que não queria. Vamos tentar de novo?”
Isso ensina empatia, respeito e que erros fazem parte do aprendizado.
3. Cuide de você também!
Se você nunca descansa, nunca tem um momento de respiro, se coloca todo mundo antes de si… é natural que a paciência acabe.
Tirar um tempo para você não é egoísmo, é necessidade.
Uma pausa de 10 minutos, um banho sem interrupções, um momento de silêncio… coisas pequenas podem fazer uma grande diferença na sua energia e no jeito como você lida com os desafios diários.
Seu filho não precisa de um pai/mãe que nunca erra.
Ele precisa de alguém que ama, que ensina, que aprende.
E isso, eu posso garantir, você já está fazendo. ❤️
O Primeiro Passo Para Uma Parentalidade Mais Leve
Respire fundo.
Agora que você já sabe que não precisa carregar tudo sozinho(a), que existem formas mais leves de lidar com os desafios da maternidade e paternidade, quero te fazer um convite.
Nada muito complicado. Na verdade, algo bem simples, mas que pode mudar tudo:
Escolha uma coisa para mudar hoje. Só uma.
Porque a verdade é que você não precisa transformar sua rotina inteira de uma vez. Pequenas mudanças, quando repetidas todos os dias, criam grandes transformações.
Talvez seja parar por três segundos e respirar antes de reagir.
Talvez seja trocar um grito por uma conversa.
Talvez seja dar uma pausa para cuidar de você, nem que seja por 10 minutos.
O que importa não é por onde começar. O que importa é começar.
E eu quero saber de você:
👉 Qual dessas soluções mais fez sentido para você?
👉 Comenta aqui qual você vai tentar hoje – e me conta depois o que mudou!
👉 Se esse texto fez sentido para você, compartilhe com outro pai/mãe que precisa ouvir isso!
Seu filho não precisa de um pai/mãe perfeito.
Precisa apenas de alguém disposto a dar um passo de cada vez.
E esse primeiro passo começa agora.
Você Está Fazendo um Trabalho Melhor do Que Imagina!
Se ninguém te disse isso hoje, eu vou dizer agora:
💛 Você está fazendo um ótimo trabalho. 💛
Pode não parecer nos dias caóticos. Pode não parecer quando você se sente cansado(a), frustrado(a) ou cheio(a) de dúvidas. Mas a verdade é que ser um bom pai ou uma boa mãe não significa nunca errar.
Significa tentar. Significa aprender. Significa estar presente.
Seus filhos não precisam de alguém que acerta o tempo todo.
Eles precisam de alguém que os ama, que busca crescer junto com eles, que erra e ensina como corrigir.
E sabe o mais incrível? Você já está fazendo isso.
Então, quando a culpa bater, quando o cansaço parecer maior que tudo, lembre-se: você não está sozinho(a).
Eu estou aqui. Outras mães e pais também estão aqui.
Estamos todos aprendendo juntos, um dia de cada vez.
E se você quiser continuar essa caminhada com leveza, empatia e conexão, vem comigo. ❤️
Sou redatora, educadora e eterna apaixonada pela arte de ensinar com o coração. Minha trajetória é feita de encontros: com a Pedagogia, com a Arte, com a Neuropsicopedagogia e, principalmente, com as histórias únicas de crianças e famílias que caminham fora dos trilhos tradicionais, mas que, mesmo assim, estão construindo pontes lindas rumo à inclusão.
Com especialização em Transtornos do Neurodesenvolvimento e um olhar atento à neurodiversidade, acredito que aprender vai muito além da mente. Envolve o corpo, os sentimentos, a criatividade e aquilo que não se vê nos boletins, mas pulsa forte na alma de cada criança.
Este blog nasceu do desejo profundo de informar, acolher e inspirar. Aqui, cada palavra é um convite à empatia, cada artigo é uma mão estendida, e cada tema traz luz sobre caminhos que podem e devem ser mais respeitosos, humanos e possíveis.
Seja bem-vindo ao Infância Divergente. Um espaço feito para quem acredita que toda criança merece ser compreendida, valorizada e celebrada do jeitinho que ela é.